
3989/2024
Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região 7
Data da Disponibilização: Segunda-feira, 10 de Junho de 2024
Cijus – Centro
Integrado da
Justiça Social
O Centro Integrado da Justiça Social (CIJUS) é uma ação pioneira do Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba
(13ª Região) para promover Direitos Humanos e Justiça Social. O Cijus é um prédio de três andares localizado no
centro da cidade. O térreo é formado por um Equipamento Social que reúne, num mesmo espaço diversas
instituições públicas e privadas (Justiça do Trabalho, MPT, Defensoria Pública do Estado, Secretaria da Mulher e
Diversidade, Secretaria de Desenvolvimento Humano, Sine, Senac, Sebrae) para prestação de diferentes
serviços à população que se fundamenta na ética do cuidado com as pessoas em situação de vulnerabilidade
social.
Os demais andares formam o Laboratório de Inovação Social – LIS - (Biblioteca e Sala de Música Chico César,
sala de reunião, sala de aula, sala de informática, auditório e espaço multiuso para esporte, arte e cultura)
Destaco que a sala de música Chico César é espaço de aula para adolescentes negros, quilombolas terem
acesso à aula de violino, violão, flauta.
A biblioteca Chico César, da mesma forma, tem recorte de raça: foram adquiridos diversos livros de autores e
autoras negras.
Ruas que
Falam
O projeto Ruas que Falam tem como objetivo dar visibilidade e gerar oportunidades de formação à população em
situação de rua. A população em situação de rua está tendo aulas semanais no Cijus desde novembro de 2013.
Estão sendo realizadas diversas atividades semanais no Cijus (curso de teatro, português, matemática,
informática, aulas sobre direitos humanos, trabalho seguro e decente, empoderamento, letramentos raciais,
gastronomia etc). Dentro do projeto também houve a realização do Mutirão da Justiça Social , um mutirão de
serviços de cidadania com dezenas de parceiros que realizou 900 atendimentos.
Aquilomba,
Paraíba
O “Aquilomba, Paraíba: projeto de sustentabilidade e inovação social do TRT-13” é iniciativa do Tribunal que
busca fortalecer as comunidades quilombolas da Paraíba por meio da criação de espaços de inovação social com
foco no desenvolvimento de novas tecnologias sociais. Para tal, o TRT-13 oferece formação em desenvolvimento
sustentável, direitos humanos, bem como em temas potencializadores que contribuam com o enfrentamento das
desigualdades sociais.
O projeto pretende alcançar, em sua primeira fase, doze territórios e, diretamente, 360 pessoas. Destaca-se o
alinhamento à Agenda 2030 da ONU no que tange a adoção de medidas transformadoras a fim de direcionar a
sociedade para o desenvolvimento sustentável nas dimensões econômica, social, ambiental e cultural.
A iniciativa conta com algumas instituições parceiras, a exemplo da Coordenação Estadual das Comunidades
Negras da Paraíba, da Associação Nacional para Inclusão Digital, da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia
e Inovação da Paraíba e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.
Ainda no âmbito do projeto, o TRT13 criou o Prêmio Gertrudes Maria cujo objetivo é incentivar e reconhecer o
engajamento dos participantes do projeto, instigando-os na produção de redações e vídeos que envolvam suas
vivências e o tema da sustentabilidade. Ressalta-se que o “Aquilomba, Paraíba” alinha-se diretamente aos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, uma vez que o projeto tem sido caminho para a redução das
desigualdades sociais, para o empoderamento feminino, para o desenvolvimento de estratégias frente aos
desafios cotidianamente enfrentados.
Empregabilidad
e na
Diversidade
Criado através do ATO TRT13.SGP N.º 33, de 27.01.2023. A primeira turma do Programa Empregabilidade na
Diversidade, que incluiu acolhimento, transporte, alimentação, bolsa permanência, formação profissional e
encaminhamento à empregabilidade de 20 jovens trans, houve a contratação de uma das participantes, Arlinda
Trindade, para atuar na Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação (Setic) do Tribunal. Após a
realização da primeira edição, observamos os seguintes resultados:
95% dos participantes concluíram o curso;
65% dos participantes foram encaminhados a processos seletivos;
25% dos participantes informaram não ter interesse em atuar na área de formação, indicando o desejo de
empreender;
40% dos participantes foram contratados e, nesse momento, 5 permanecem trabalhando;
Com o projeto, mensalmente, R$5.040,00 passaram a ser pagos a pessoas trans.
A segunda turma está em andamento em parceria com o IFPB , Instituto Federal da Paraíba que está oferecendo
uma formação de 160 horas no setor de hotelaria.
Foi criado o SELO INCLUSÃO E DIVERSIDADE a ser entregue a pessoas e instituições que fomentem os direitos
humanos e empresas que participem do projeto contratando as participantes e tendo políticas de diversidade,
equidade e inclusão.
Emprega
Margaridas
O projeto Emprega Margaridas é uma iniciativa do TRT13 com o objetivo de contribuir para a mudança da
realidade de jovens e mulheres negras, quilombolas, indígenas, imigrantes, LGBTQIAPN+ e em outros grupos em
situação de vulnerabilidade social, promovendo ações de formação humanizadora e técnica, voltada à
aprendizagem profissional, e fomentando a empregabilidade, de modo a contribuir com a mudança desse cenário
de desigualdade étnico-racial e de gênero que marca a história do Brasil.
Esse projeto ganhou o prêmio de 1º lugar em Inovação Social no Expojud em 2023.
Quilombo vai à
Nasa
Os aprendizes do tribunal, formados por jovens quilombolas, indígenas, imigrantes venezuelanas, participaram de
formação em inovação, ODS da Agenda 2030, informática, criatividade, design thinking e participaram de um
Hackathon oficial da NASA realizado em João Pessoa, tendo alcançado a segunda colocação no Estado. Os
jovens desenvolveram a ideia de um jogo com a temática de sustentabilidade sobre a Água, que foi aperfeiçoado
durante suas atividades de aprendizagem no setor de inovação do tribunal. Agora os aprendizes apresentam o
jogo em escolas públicas municipais e estaduais para outros jovens.
Esse projeto ganhou o prêmio “Justiça do Trabalho Sustentável” em sua dimensão cultural.
Jovens
Desembargado
ras
Buscando aproximar o Tribunal da sociedade, o projeto Jovens Desembargadoras fomenta a liderança e a
inserção, no Poder Judiciário, de alunas de Ensino Médio, especialmente meninas negras em situação de
vulnerabilidade social, por meio da apresentação da estrutura do Regional às participantes e do caminho que
percorre uma magistrada para assumir o papel de desembargadora na instituição. As alunas ao final da formação
realizam uma sessão judicial simulada no pleno do Tribunal.
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