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Projeto inédito leva alunos para audiências no Fórum

publicado: 20/11/2007 08h24 última modificação: 30/09/2016 10h21


Sessenta alunos do curso de Direito participaram de um projeto inédito da Justiça do Trabalho paraibana. Cursando o sétimo período no Unipê – Centro Universitário de João pessoa, os estudantes assistiram e participaram de audiências realizadas pela 2ª Vara do Trabalho de João Pessoa. Ou seja, já tiveram uma experiência profissional que normalmente só têm depois da conclusão do curso.

A idéia de transformar uma audiência em sala de aula é do juiz titular da 2ª VT e diretor do Fórum Maximiano Figueiredo, Paulo Henrique Tavares da Silva. Nesta primeira edição do projeto o juiz Paulo Henrique teve o auxílio das juízas substitutas, Taís Priscilla e Andréa Longombardi.

Segundo o Magistrado, o Projeto figura como uma atividade técnico-científica da Área de Integração Cultural do Fórum, que completa neste mês de novembro um ano de existência. “Esta é uma oportunidade que o Tribunal está oferecendo aos estudantes de Direito que já pagaram as disciplinas de Direito do Trabalho, Prática Forense e Processo do Trabalho”.

Para o magistrado, o Projeto integraliza a teoria de prática jurídica com o contato direto com o desenrolar do processo. “Se torna fundamental para os alunos, porque além da teoria eles agora estão vendo na prática como funciona uma audiência de forma correta. E o importante é que neste projeto tivemos todo o apoio da presidente do TRT, a juíza Ana Clara Nóbrega”, disse.

Os estudantes estivavam acompanhados por Jocélio Jairo Vieira, professor da disciplina Prática Jurídica I. Segundo o professor, os alunos têm no Unipê o escritório de Prática Jurídica, onde está instalado o 4º Juizado Especial Cível. “Na Aula Audiência esses estudantes estão vendo todas as partes de um processo, ouvindo o depoimento das partes, testemunhas e a sentença. É um verdadeiro laboratório”, disse o professor.

No intervalo das audiências, o juiz Paulo Henrique mostrou aos estudantes os sites do TRT e do TST (Tribunal Superior do Trabalho) e os programas implantados com todas as ferramentas disponíveis que proporcionam aos advogados e partes acompanhar o andamento dos processos.

 

Idéia era sonho antigo de Magistrado

“A idéia desse projeto era um sonho antigo. Fui advogado por pouco tempo e a primeira audiência que tive oportunidade de assistir foi trabalhista com um juiz tentando fazer uma conciliação. Fiquei encantado”, revelou o juiz Paulo Henrique. Os estudantes tiveram oportunidade de assistir a três audiências.

O chefe do Núcleo do Processo da Qualidade do Tribunal Regional do Trabalho, Gilvan Azevedo fez uma explanação da busca que a Justiça do Trabalho vem fazendo para, além de julgar, partilhar experiências com a sociedade. É uma experiência que vem desde de 1992 e tem colocado o TRT na vanguarda em atividades culturais e jurídicas.

Na visão dos alunos, o projeto Aula Audiência foi aprovado. Para a estudante Natasha Gonçalves de Menezes, a aula foi muito importante. “Recomendo a todas as universidades da Paraíba”, disse. Elogiou o site do TRT (www.trt13.gov.br), que foi mostrado aos alunos. Para ela, as programas disponíveis tornam o processo mais célere e mostra que o papel pode ser substituído.

Já a aluna Nelyana Vieira Fernandes revelou que viu na prática o que aprendeu na sala de aula. “Foi uma ótima oportunidade para perder o medo de enfrentar uma audiência e ir se acostumando ao que se vai enfrentar no futuro”, observou. A estudante disse ainda que a falta de oportunidade de estágios pode ser substituída pela idéia da Aula Audiência.

A estudante Marília Gil Messias de Melo revelou que ficou muito feliz em poder ver na prática o que se aprende na teoria do Direito. “Isso facilita o estudo porque cada ato da audiência foi devidamente explicado ao alunado pelo juiz no papel de professor”, observou.