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Amatra debate sobre espaços da mulher no Judiciário

Encontro aconteceu no Fórum Maximiano Figueiredo
publicado: 18/03/2019 12h01 última modificação: 18/03/2019 12h01

Por mais espaços de comando ocupados por mulheres no sistema de justiça. Essa foi a tônica do debate realizado pela Amatra 13 na manhã dessa sexta-feira, 15, no Fórum Maximiano de Figueiredo. O diálogo sobre “Ser mulher: o desafio da inclusão social” reuniu mulheres juristas e de outras profissões, como também alguns homens advogados e juízes para um debate sobre as dificuldades que as mulheres enfrentam no acúmulo de responsabilidades. É a chamada “carga mental”, enfatizada na palestra da juíza do Trabalho Daniela Lustoza Chaves, do Rio Grande do Norte.

O encontro foi aberto pelo presidente da Amatra 13, Marcelo Carniato, e conduzido pelas juízas Daniela Lustoza e Nayara Queiroz Mota de Sousa (mediadora e vice-presidente da entidade), além da procuradora do Trabalho Andressa Lucena Ribeiro Coutinho.
“Há três etapas para que esses espaços sejam conquistados: despertar, compreender e agir. Primeiro é preciso despertar para esse problema; depois, compreender que todos formos forjados nua sociedade patriarcal e é preciso entender as dificuldades dos homens em enxergar que existe um problema a ser enfrentado. Por último, é preciso agir, é preciso que façamos uma ação política no sentido da ocupação desses espaços”, comentou a juíza.
A procuradora Andressa Coutinho falou da necessidade de sororidade para apoiar as mulheres em suas várias dificuldades e despertar nelas a conscientização da necessidade de busca pela igualdade na sociedade.

Seguiu-se um intenso debate com várias participantes, entre elas a promotora de Justiça da Defesa da Mulher, Rosane Araújo; a juíza Lílian Leal, da comissão Amatra Mulheres e diretora de Direitos Humanos da entidade; a advogada Francisca Leite, da Rede de Mulheres Advogadas pela Sororidade (OAB); a coordenadora nacional e estadual dos Quilombolas Rurais, Geilza Paixão, entre outros.

Ao abrir o debate, o presidente da Amatra explicou que a atuação da entidade neste mês das mulheres está sendo muito mais política do que festiva. “Inclusive nossas diretoras estão empenhadas em levar sugestões ao TRT para que possamos chegar a uma igualdade de oportunidades”, disse, acrescentando que a Amatra 13 está empenhada na implementação da resolução do CNJ que incentiva a participação das mulheres nas instituições do Poder Judiciário.

O diretor do Fórum Trabalhista, Paulo Henrique Tavares da Silva, reconheceu que já houve importantes avanços na participação da mulher no mercado de trabalho e na magistratura, embora ainda haja muito a ser conquistado. Ele lamentou que ainda persistam a intolerância, a misoginia e a violência contra as mulheres.

Entre os vários participantes, esteve presente, ainda, o filósofo italiano Alberto Baal, integrante da Associação de Apoio aos Assentamentos e Comunidades Afrodescendentes, onde coordena vários projetos que desenvolvem atividades culturais com crianças, adolescentes e jovens das comunidades quilombolas.

Fonte:

Assessoria de comunicação da Amatra13