Bens são arrematados no mega-leilão do TRT por metade do preço avaliado
Quem não compareceu aos três mega-leilões do Tribunal Regional do Trabalho nas cidades de João Pessoa, Campina Grande e Sousa, realizados desde o início da manhã desta segunda-feira, perdeu grandes oportunidades de comprar bens móveis e imóveis pela metade do preço. Os leilões acontecem durante todo o dia de hoje e, dependendo do andamento, se estenderão por todo o dia desta terça-feira. O pólo de João Pessoa abrange vários municípios do litoral e brejo.
Em João Pessoa, bens como um prédio de dois pavimentos, na avenida General Osório, avaliado em R$ 200 mil e com lance mínimo de R$ 80 mil, sequer foi arrematado. Também não teve comprador para um prédio com 600 metros quadrados de área construída, no bairro de Cruz das Armas, avaliado em R$ 245 mil e com lance mínimo de R$ 98 mil.
Outros bens foram vendidos por menos da metade da avaliação inicial. Um apartamento no centro de João Pessoa, avaliado em R$ 40 mil, foi vendido pelo lance mínimo: R$ 16 mil. Uma casa no bairro do Varjão, em João Pessoa, avaliada em R$ 33 mil, foi arrematada por R$ 16 mil. Outro imóvel, no bairro dos Estados, pertencente ao antigo supermercados Primo, avaliado em R$ 60 mil, foi vendido por R$ 30 mil.
Ainda na capital, um apartamento na avenida Hortêncio Osterne Carneiro, no bairro do Bessa, avaliado em R$ 65 mil, foi vendido por R$ 38 mil e uma casa em Cruz das Armas avaliada por R$ 25 mil, foi arrematada por R$ 10 mil.
Hospital arrematado
No leilão do TRT, no Espaço Cultural, foi arrematado até mesmo um hospital no município do Conde. Avaliado
em R$ 100 mil, foi comprado por R$ 50 mil. O prédio tem 24 cômodos e foi comprado pela prefeitura do
município. Segundo o prefeito Aluísio Régis, o município vai instalar no imóvel a Secretaria da Saúde e uma
policlínica para atendimento à população. "Em setenta dias queremos funcionar. Foi uma excelente oportunidade
para o município e para a nossa população", disse.
Ainda do município do Conde foi vendida no leilão uma fábrica construída em um terreno de mais de 11 hectares.
Avaliado em R$ 220 mil, foi arrematada por apenas 107 mil.
Para quem deseja participar
O presidente do TRT, juiz Afrânio Melo esteve no Espaço Cultural para acompanhar a abertura dos trabalhos.
"Estamos aqui para mostrar que é possível tornar a Justiça mais ágil com projetos arrojados como foi Conciliar
e, agora, o Arrematar", disse o presidente. Os dois projetos buscam quitar dívidas trabalhistas reconhecidas
pela Justiça e não paga pelos devedores.
Em João Pessoa trabalharam na abertura do Arrematar, pela manhã, as juízas Ana Paula Cabral Campos,
coordenadora da Central de Mandados, Maria das Dores Alves e Veruska Sousa de Sá.
Quem deseja participar dos leilões devem levar a carteira de identidade, CPF e o CNPJ, no caso o interessado representar uma empresa. Os bens imóveis poderão ser parcelados em dez vezes. O sinal, pago no ato da arrematação, será de 20% e os 80% restantes deverão ser acertados no prazo de 24 horas.
Os editais com a relação completa dos bens móveis e imóveis que estarão disponíveis para arrematação nos três pólos já estão na internet, no site www.trt13.gov.br.
"É importante esclarecer que pode haver mudanças nos bens a leilão. Qualquer um dos lotes dos editais pode não ir a leilão, desde que a dívida seja negociada com antecedência", disse a juíza Ana Paula Campos.