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TRT faz conciliação de dívidas do INSS que ultrapassam 10 anos

publicado: 03/10/2007 12h06 última modificação: 30/09/2016 10h22

Prefeitos e representantes dos municípios paraibanos estão frente a frente com o INSS hoje no Tribunal Regional do Trabalho para a negociação de débitos acumulados nos últimos dez anos. As audiências estão acontecendo no Juízo Auxiliar de Conciliação de Precatórios, na sede do TRT em João Pessoa. O objetivo é facilitar a negociação para o pagamento das dívidas com o Instituto Nacional de Seguridade Nacional, o INSS.

Segundo a presidente do TRT juíza Ana Clara Nóbrega tradicionalmente a negociação entre órgãos públicos é muito difícil. “Com o apoio da Justiça do Trabalho nesta iniciativa de juntá-los, acreditamos que os municípios vão resolver grande parte de suas dívidas”. Ontem (segunda-feira) muitos prefeitos municipais estiveram na sede do TRT e foram recebidos pessoalmente pela presidente da instituição.

A juíza Rosivânia Gomes Cunha, do Juízo Auxiliar de Conciliação de Precatórios, prevendo uma grande movimentação nesta terça-feira, adiantou os trabalhos. Ontem foram negociados o parcelamento das dívidas de oito municípios paraibanos com o INSS. Estiveram na sede do TRT os prefeitos e representantes de Bananeiras, Monteiro, Coremas, Lucena, Mamanguape, Camalaú e São João do Rio do Peixe, que conciliaram o valor de R$550 mil.

A prefeita de Bananeiras, Marta Ramalho, disse que a idéia de juntar as prefeituras e o representante do INSS na sede do TRT ajuda muito. “Foi uma idéia muito boa por que facilita para todos”. A mesma opinião teve a prefeita de Monteiro, que também já fez a negociação. “Quando o Projeto ia para as Varas do Trabalho ficava faltando o INSS”, disse. O advogado do município de Mamanguape, Getúlio Bustroff também aprovou a iniciativa: “Só tínhamos dois precatórios e negociamos tudo. Foi muito rápido”.

“Os municípios paraibanos que não fizerem acordo para negociação das dívidas com o INSS podem ficar sem o repasse de recursos federais. A maior dívida vencida é do município de Campina Grande, R$ 87.830,55, mas a maioria está entre R$ 10 mil e R$ 20 mil. Esta é a oportunidade de negociar as dívidas dos municípios com o INSS”, observou a juíza-presidente.

Segundo o procurador do INSS Gutemberg Honorato da Silva, chefe da Cobrança de Créditos Trabalhistas, o Instituto já decidiu que o município que não negociar o pagamento da dívida terá as certidões de dívidas trabalhistas enviadas para a Receita Federal para a inscrição no, o Cadastro de Inadimplentes do Governo Federal - Cadim, impedindo o recebimento de qualquer recurso ou assinatura de convênios. “O pagamento pode ser parcelado em 60 meses ou mais desde que a parcela mínima seja de R$ 200”, observou Gutemberg Honorato.