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Empregados e patrões da construção civil não entram em acordo e a greve continua

publicado: 07/12/2007 08h37 última modificação: 30/09/2016 10h21

Não hove acordo entre os representantes do Sindicato da Indústria da Construção Civil – Sinduscon e do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Imobiliário de João Pessoa – Sintricon na audiência de tentativa de conciliação ocorrida na sala de reuniões do Tribunal Regional do Trabalho. Presidida pela juíza Ana Maria Madruga, as propostas e contra propostas apresentadas não foram aceitas pelas partes.

O Sintricon, representado pelo diretor Paulo Marcelo de Lima, pelo secretário Edmilson da Silva Sousa e pela advogada Marizete Pinheiro da Silva reivindicavam aumento salarial de R$ 390,00 para R$ 430,00 e de R$ 500,00 para R$ 550,00, respectivamente para ajudante e ajudante, duas principais categorias da construção civil, além de melhorias nas cláusulas sociais que dizem respeito a vale transporte e cesta básica.

Já o Sinduscon, estava representado pelo seu presidente, empresário Irenaldo Quintans, vice-presidente Osaes Mangueira Filho e pelo advogado José Mário Porto. Depois de duas horas e meia de apresentação de propostas e contra-propostas, os representantes das duas categorias concordaram em apresentar os valores propostos pela juíza Ana Madruga, que fixava os salários em R$ 410,00 retroativo ao mês de novembro e mais R$ 10,00 em cima do valor do novo salário mínimo que entrará em vigor em abril de 2008 e de R$ 535,00 para o ajudante.

Os representantes sindicais acordaram em apresentar nesta sexta a proposta da juíza as categorias respectivas. Lamentando o impasse e a discordância das partes, a juíza Ana Madruga determinou a remessa dos autos à Procuradoria Regional do Trabalho para emissão de parecer e, posteriormente, a distribuição dos feitos a um dos juízes do TRT.

De acordo com o diretor do Sintricon, Paulo Marcelo de Lima, os trabalhadores estão em greve desde a última segunda-feira (3). “Na grande João Pessoa, cerca de 3 mil operários estão paralisados e 5 mil permanecem trabalhando nos canteiros de obra”, disse, adiantando que levará a proposta feita pela juíza Ana Madruga para a categoria que se reunirá em assembléia na noite desta sexta, na sede do Sindicato.

O vice-presidente do Sinduscon, Ozaes Mangueira revelou que a proposta da juíza já acatada pelos representantes da categoria alí presentes, será levada a apreciação em assembléia, ainda sem data definida.