Começa a funcionar a escola Judicial do TRT da Paraíba
O ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Carlos Alberto Reis de Paula disse que o TRT da Paraíba é um dos Regionais de maior expressão no país e que o TST se orgulha do desempenho do Regional paraibano. A afirmação foi feita durante a instalação da Escola Judicial e de Administração Judiciária do Regional em João Pessoa, na última sexta-feira.

O ministro Carlos Alberto Reis de Paula falou sobre As Escolas Judiciais e a Ética do Magistrado. Na conferência, fez um histórico das Escolas Judiciais e a importância para o Poder Judiciário brasileiro. As escolas são indispensáveis à magistratura e, portanto, indispensáveis para a população. Segundo ele, em todo o país já existem 20 escolas Judiciais na Justiça Trabalhista, que têm como objetivo principal oferecer formação complementar para os magistrados em início de carreira.
Nossa missão vai muito além do que imaginamos. Buscamos, nas escolas, preparar cada vez mais o magistrado como agente de estado e como ser humano. Queremos que o magistrado saiba que juiz não dá autógrafo, não é famoso. Juiz é que aquele que, baseado na lei, busca a paz social ao apaziguar conflitos, disse o ministro.
O ministro Reis de Paula integra o Tribunal Superior do Trabalho desde junho de 1998, é diretor da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat) e preside a Terceira Turma do TST.
Participação de magistrados e servidores
A presidente do TRT, juíza Ana Clara Nóbrega destacou os novos tempos vividos pela Magistratura, onde a figura de juízes inacessíveis e frios foi oportunamente substituída pela de Juízes atentos aos desejos legítimos do cidadão e da sociedade.

Não há mais espaço para servidores públicos, e aqui incluo os magistrados, descomprometidos com o desempenho, a eficiência e a celeridade. O novo tempo exige juízes diligentes no atendimento às demandas sociais, que aumentam a cada dia. Não basta o profundo domínio das matérias constitucionais e infraconstitucionais. É necessária a inserção da questão ética. Não basta o profundo domínio de processos jurídicos. É preciso mergulhar de corpo e alma na essência dos ideais de uma sociedade igualitária e consonante.
Segundo ela, a Escola Judicial busca o aprimoramento continuado dos juízes, atravessando os limites do saber jurídico e procurando encontrar outros horizontes. Agradeceu aos Juízes do TRT, aos magistrados de 1ª Instância e aos servidores que se empenharam na criação da escola. Dos meus pares nesta corte de Justiça, passando pela colaboração inestimável do juiz Carlos Coelho, que iniciou bravamente a edificação da escola, até a altivez e disposição do juiz Paulo Henrique Tavares e Silva, diretor interino, e todos os servidores envolvidos neste trabalho. A escola vai funcionar no 3º andar do edifício-sede do TRT.
Escola tem que ter personalidade e metas
Na abertura da solenidade o vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho, juiz Edvaldo Andrade, fez uma saudação à nova escola e em seguida o diretor interino, juiz Paulo Henrique Tavares fez palestra sobre os objetivos e as metas a serem conseguidas. Instalar uma Escola Judicial não é um ato mecânico. A Escola tem que ter personalidade, metas e estar afinada com o público alvo ressaltou Paulo Henrique. Apresentou o modelo gerencial e falou do compromisso de mostrar à Paraíba e ao Brasil que temos juízes honrados e competentes.


Na solenidade também aconteceu o lançamento on-line do volume 15 da Revista de Jurisprudência do TRT, que passa a ser eletrônica e também foi lançado o portal da escola na internet.