Prêmio Aluísio Rodrigues: a poesia de Aparecida e a emoção de um ex-servidor
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A homenagem do Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba a seus servidores com a entrega do prêmio desembargador Aluísio Rodrigues no último dia 11, foi marcada pela emoção. Emoção que resultou em poesia e que marcou uma volta ao lar, embora em forma de visita.
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A poesia foi escrita e declamada pela servidora Maria Aparecida Pimenta, do setor de Cadastramento Processual e o retorno à casa foi do ex-servidor Antônio Carneiro de Paiva Júnior, hoje juiz do Tribunal de Justiça do Estado.
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Abaixo, você pode conferir a poesia de Aparecida, carregada de carinho e de agradecimento aos colegas e à instituição e o texto escrito pelo magistrado da Justiça Comum, que iniciou a vida profissional pelo TRT, uma instituição que ele ainda hoje ele guarda com afeto no funda da alma.
AGRADECIMENTO
Pedi a Deus nosso Pai
Que me desse inspiração
Para transmitir a vocês
do fundo do coração
Saúdo meste momento
Ao Desembargador Presidente
As autoridades, aos servidores
E aos demais que estão presentes
A emoção que invade
Minha alma nesta hora
Me faltam até palavras
Para defini-la agora
O Prêmio Des. Aluísio Rodrigues
Que todos merecem ter
Recebi dos meus colegas
Com alegria e prazer
Aos que me confiaram
Quero de publico dizer
Obrigada de verdade
Jamais irei esquecer
Este prêmio, meus amigos
Fará parte de minha história
Dos meus melhores momentos
Com honra e muita glória
Guardarei bem na lembrança
esta hora triunfal
O título aqui recebido
No Pleno do Tribunal
Nesta casa aprendemos
Com alegria o dever
Desenvolvendo as tarefas
Cheios de grande prazer
Meu desejo nesta hora
É somente agradecer
Ao Deus Onipotente
Que permite acontecer
Contudo, só resta agora
Neste clima de Natal
Desejar paz e saúde
A todos do Tribunal
Que Jesus nosso Senhor
Envolva sem distinção
Dê bênçãos e felicidades
Paz e renovações
Cultivando dentro da alma
Esta mensagem de amor
Deixada pelo grande Rei
O Cristo Consolador
E que o próximo ano
Seja muito promissor
Trazendo para cada um
Tudo o que mais desejou
Não esquecendo amigos
Os humildes do caminho
Que na vida não tiveram
Nenhum pouco de carinho
Encerro aqui os meus versos
com um abraço fraternal
Votos de felicidades
De Ano Novo e Natal!
Aparecida Pimenta (SCP)
11/12/2009
Também me senti homenageado
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Na última sexta feira (11.12.2009), estive na sede do Tribunal Regional do Trabalho TRT, em João Pessoa. Na verdade retornei àquele Tribunal. Já se aproximava das quinze horas e o estacionamento lotado. Deixei o carro nas proximidades do Tribunal e fiz questão de caminhar lentamente, revivendo a caminhada que fazia todos os dias. Entrei pela porta lateral, a do banco do Brasil, e subi pelas escadarias, aproveitando aqueles corredores já familiares e que já haviam me causado tantas alegrias. Ansioso lia as placas de identificação das salas e dos setores. Além das denominações contidas nos gabinetes (de juiz para desembargador), pouco mudou. Como um adolescente que retorna à escola após as férias, fui ao antigo gabinete do então Juiz Aluísio Rodrigues, meu ex- local de trabalho.
Minha história com o TRT começou em 1993, quando fui convocado para trabalhar na então Junta de Conciliação e Julgamento de Itabaiana. Após um longo período de angústias, eis que chega o grande dia. Eu que na época trabalhava no comércio, exercendo o cargo de auxiliar de balconista, semanalmente ligava para o setor de pessoal do TRT para saber como andava a lista de concursados. A resposta era sempre a mesma: Se forem criadas novas Juntas, pode ser que o Tribunal chame novos concursados.
E eis que numa manhã do início de 1993, ao telefonar para o TRT fui informado que a convocação estava pronta para ser colocada nos correios. Com receio de extravio, pedi à moça para aguardar um pouco e não remetesse a correspondência pelos Correios, pois estava correndo para apanhá-la pessoalmente. De posse daquele tão esperado papel, fiz uma inesquecível surpresa à Rosana, colocando a carta de convocação em lugar visível da nossa casa. Choramos juntos. Rayssa, com poucos meses, testemunhava a cena.
Foram três anos de muitas alegrias com o Tribunal do Trabalho. Apanhava o ônibus da Transparaíba que saía às 5 da manhã rumo à Itabaiana e só retornava à tarde. O convívio com nossos colegas era tão agradável que não nos permite esquecer, jamais. Quase sempre viajava ao lado de Jane Amaral. Uma das pessoas mais íntegras que já tive a oportunidade de trabalhar. Fazia parte do grupo Emília, Paulo, Marta, Mércia, Adriana e Carlos Henrique ( hoje, ordenador de despesas do Tribunal).
Com o passar do tempo, fui transferido para João Pessoa e na sede do TRT, passei a assessorar o Juiz Aluísio Rodrigues. Outra época de muitos momentos felizes. Dr. Aluísio, muito prático, profundo conhecedor do Direito do Trabalho, nos dava lições diárias. No gabinete tive a satisfação de conhecer pessoas como Eneida, Laura, Saulo, Albanete, Batista e Dulcinéia .
Através do TRT conheci ainda Ricardo Freitas, Paulo Roberto Vieira e Eduardo Varandas , hoje integrantes do Judiciário e do Ministério Público.
Enfim, naquele retorno ao Tribunal, naquela tarde de sexta-feira, ao presenciar servidores sendo agraciados com a Medalha Aluísio Rodrigues, confesso que eu próprio, me senti também homenageado, por ter um dia realizado aquele sonho. Logo que o Desembargador Paulo Maia Filho, meu ex-professor, naquela ocasião no exercício da presidência da Corte encerasse a solenidade, ao cumprimentá-lo, em silêncio, agradeci a Deus por tudo e voltei para casa com a sensação de que estava, de novo, com a carta de convocação nas mãos.
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Antônio Carneiro de Paiva Júnior
(*) Juiz de Direito do Estado da Paraíba