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Diário Oficial publica aposentadoria da Desembargadora Ana Clara Nóbrega

publicado: 04/05/2010 15h53 última modificação: 30/09/2016 10h17


O Diário Oficial da União publicou no dia 30 de abril, a concessão da aposentadoria da Desembargadora Ana Clara de Jesus Maroja Nóbrega. A magistrada era a mais antiga servidora da Justiça do Trabalho da Paraíba em atividade. Dedicou toda a sua vida profissional à atuação na Justiça Trabalhista, tornando-se Juíza de Segunda Instância em 2001.

O documento foi assinado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, de acordo com os artigos 84, inciso XVI; 111, inciso II; e 115, inciso II, da Constituição Federal, e o 3º da Emenda Emenda Constitucional nº 47, de 5 de julho de 2005, e tendo em vista o que consta do Processo nº 080025.000220/2010 – 47, do Ministério da Justiça.

Trajetória na Justiça do Trabalho

O Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba é, até hoje, o único órgão do Poder Judiciário da Paraíba que teve duas mulheres na Presidência. A primeira foi a Desembargadora Ana Maria Madruga, no biênio 2003/2004. Já no biênio 2007/2008 o cargo foi exercido pela Desembargadora Ana Clara Nóbrega.

A Desembargadora Ana Clara Nóbrega assumiu a presidência e priorizou o setor de informática, instalando as duas primeira Varas do Trabalho com processos 100% eletrônico, sem o uso de papel, repercutindo de forma positiva em todo âmbito nacional. “Sinto-me orgulhosa por ter colaborado, entre outros, com avanços tecnológicos que contribuirão não só para a nossa instituição, mas para a Justiça do Trabalho como um todo, com inegável repercussão ao meio ambiente”, revela Ana Clara Nóbrega, que muitas vezes relutou em aceitar a tarefa de administrar o Tribunal.

“Sempre exerci minha profissão acreditando na força da mulher, que conquista seu espaço com trabalho e muita garra. Aliás, nós temos, por natureza, firmeza e bom senso. Parece que este último foi um presente divino para o sexo feminino. Não que os homens não tenham tais atributos, mas nas mulheres afloram de uma maneira natural e verdadeira”, observa.

Por ser mulher e ter ocupado um cargo de grande importância dentro da magistratura paraibana, a Desembargadora garante: “Em toda a minha trajetória profissional jamais sofri qualquer tipo de preconceito. Ao contrário, tenho orgulho em dizer que minhas atitudes de conciliação e entendimento sempre foram reconhecidas pelos colegas. E essas atitudes são fundamentais para a profissão que escolhi, a de magistrada”.
 
Magistratura: Um terreno masculino

A Desembargadora destacou ainda que quando assumiu a magistratura, a maioria esmagadora era de homem. “Mesmo assim, afirmo que nunca enfrentei obstáculos por ser mulher. Às vezes esta circunstância, na verdade, ajuda, porque, como disse, a mulher tende a ser mais conciliadora.”

Mesmo tendo que dividir seu tempo entre o trabalho e a família, a Desembargadora ainda cuida da saúde e da beleza. Segundo ela, a vaidade para as mulheres é essencial, não fundamental. “Não tenho a loucura de estar sempre acompanhando as tendências da moda. Procuro me vestir de maneira sempre discreta, observando a minha idade, o meu tempo. Sigo o meu instinto.”

Em relação à forma física, não abre mão das delícias da mesa: “Tenho o meu limite e quando ultrapasso, tomo os meus cuidados”, revela. “A competência, a dedicação, o bom senso têm garantido às mulheres a conquista de novos espaços, que só tendem a aumentar. Estamos virando a página de uma cultura secular onde a mulher tinha direito a muito pouco. Hoje o céu é o nosso limite!”, diz.

 Ligada na modernidade

A Desembargadora era a mais antiga servidora da Justiça do Trabalho da Paraíba em atividade. Servidora desde os tempos em que reinavam a máquina de datilografia e o arquivo em pastas de papel. Não torce o nariz para a modernidade, pelo contrário, mergulha nela. Usa palm fone e tem pelo menos três e-mails.

Breve Perfil

A Desembargadora Ana Clara Nóbrega é formada em Direito pela Universidade Federal da Paraíba e tem Especialização em  Direito Processual Civil, pelo Unipê. Dedicou toda a sua vida profissional à atuação na Justiça Trabalhista. Foi servidora e depois aprovada em concurso público para juíza do trabalho.

Foi promovida para a 2ª Instância, por merecimento,  tomando posse em junho de 2001. Antes exercia a Presidência da 3ª JCJ de João Pessoa. Juíza convocada em 1997 pela Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho, permaneceu até 2000, quando foi convocada para compor o TRT 13ª Região no ano de 2000.

Por diversas ocasiões, a partir de 1993, atuou como Juíza convocada do TRT-PB, em substituição a Juízes de 2ª instância; Juíza Instaladora das 3ª JCJ de João Pessoa, 4ª JCJ de João Pessoa e JCJ de Patos-PB; Juíza substituta na JCJ de Goianinha-RN, entre outras funções.
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