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Sem energia, equipe do Nucon sai em busca de sala para realizar conciliação

publicado: 19/06/2012 08h42 última modificação: 30/09/2016 10h13


Um dos pontos altos da Semana da Execução na Paraíba foram as audiências realizadas no Núcleo de Conciliação Humanista (Nucon), que funciona no Fórum do Trabalho Maximiano Figueiredo, em João Pessoa. Foram realizadas audiências de segunda à sexta-feira, sempre desenvolvendo a proposta da conciliação humanista. Como resultado das conciliações realizadas na semana da execução foram resolvidas reclamações trabalhistas, totalizando R$ 848.294,00.

Algumas audiências sequer estavam agendada, mas o núcleo estava em pleno funcionamento e a equipe, motivada, formada pela juíza Nayara Queiroz, coordenadora, e que teve a participação durante a semana da juíza Ana Paula Cabral Campos, do juiz Carlos Hindemburg, que agiram com compromisso e interesse e os servidores, atendeu a todos os pedidos dos advogados e partes nos processos.

“O ambiente humanizado, a disponibilidade para a escuta e a liberdade para a fala são fatores primordiais para o abrilhantamento do Núcleo de Conciliação”, disse a juíza Nayara Queiroz.

Acordo em local inusitado

Na última sexta-feira, já no final do expediente, advogados e partes compareceram ao Nucon buscando conciliação em três processos. Em apenas um já havia consenso. Segundo relato da juíza Ana Paula Campos “havia um propósito firme em todos os envolvidos, partes, advogados, funcionário e magistrada, que era o de pacificar aqueles conflitos”. Até mesmo um dos autores da ação e seu advogado, que não estavam presentes, pois não aderiram à proposta oferecida anteriormente, foram contatados por telefone e aderiram ao acordo.

Nem o desligamento de energia no ambiente do Fórum, em razão da necessidade de manutenção urgente, suspendeu a busca pelo entendimento. Todos seguiram a procura de uma sala em outro andar do prédio para finalizar o acordo. Depois de algumas andanças e solicitações, foi oferecida uma sala ao grupo inusitado, formado por pela juíza do trabalho, Ana Paula Cabral Campos, duas servidoras do TRT, Anna Waléria Moux e Viviane Arnaud, dois advogados, Adriano Borges Villarim e Paulo de Tarso Silva, um reclamante, João Bosco Germano Júnior e um reclamado, para que, finalmente, já por volta das 17h, o acordo fosse finalmente celebrado. O local usado foi o escritório do advogado Roberto Peixoto, que não tinha qualquer vinculação com o processo.

Conciliação humanista

“Saímos com a sensação de dever cumprido e a certeza de que a conciliação restaura não apenas o aspecto financeiro mas também o social, pois àquela altura pairava um clima harmônico, pacífico e até mesmo alegre e divertido, onde todos queriam encontrar uma solução”, disse a juíza.

Ana Paula Cabral Campos enfatizou que o acordo inspirado na Conciliação Humanista, trabalho desenvolvido pela juíza Nayara Queiroz, e que tem base nos ensinamentos de Carl Rogers. “Tornou-se um símbolo de que as experiências vividas no âmbito de uma sala de conciliação, onde quer que ela esteja instalada, podem ser positivas e renovadoras para todos, pois não há dúvida de que dali todos saíram mais humanos, mais alegres, mais satisfeitos e mais esperançosos em um mundo onde os conflitos possam ser solucionados pacificamente”, disse.