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Regional paraibano já tem 36 servidores participando do teletrabalho

O contato dos servidores com o Tribunal ocorre pelos meios mais variados e modernos, a exemplo do whatsApp
publicado: 31/05/2016 08h35 última modificação: 30/09/2016 10h47

A servidora Marylad Medeiros adotou há cerca de um ano uma rotina de trabalho bem diferente do cotidiano dos seus colegas. Em vez de se levantar, tomar café e se dirigir ao Tribunal do Trabalho da Paraíba, ela acorda e se instala em frente ao computador em seu apartamento, localizado em João Pessoa. Marylad é um exemplo do sistema de teletrabalho, adotado pela justiça brasileira, graças à modernização promovida pelos processos eletrônicos.

“Meu trabalho vem sendo desenvolvido por meio eletrônico, apresentando-me como uma nova oportunidade de aprofundar meus estudos jurídicos e manter mais contato com a família, realizando-me pessoalmente e investindo no desenvolvimento do trabalho em nível de TRT. As atividades são supervisionadas pela chefia imediata, à qual apresento relatórios mensais e a cada três meses os relatórios de produtividade são enviados para a comissão responsável pelo teletrabalho do TRT”, revelou a servidora.

Mas o caminho do teletrabalho não é fácil. A servidora revela que a única dificuldade encontrada foi na aquisição de máquina compatível com o trabalho a ser desenvolvido, arcando com os custos de manutenção. O relacionamento com o Tribunal ocorre pelos meios mais variados e modernos, a exemplo do whatsApp, e-mail institucional. “Não importa aonde esteja, a distância não medirá a qualidade, tampouco a produtividade”, disse.

Marylad fez uma avaliação como própria gestora do seu tempo. “Estar mais próximo da família aumenta a minha satisfação em desenvolver um trabalho cada dia melhor. Trabalho e família se integram, e tudo se faz com muito mais amor”.

Adesão

Junto com Marylad, outros 35 servidores do TRT da Paraíba já aderiram ao programa e estão desempenhando suas funções nas suas próprias casas. Eles atendem às convocações da chefia imediata, mantêm telefones de contato permanentemente atualizados, consultam diariamente o e-mail institucional, cumprem os prazos fixados, apresentam trabalhos de qualidade e guardam sigilo das informações contidas nos processos e demais documentos. Além do acompanhamento dos servidores pela chefia imediata, o TRT analisa os resultados apresentados e faz avaliações trimestrais.

“Na minha opinião o teletrabalho é algo que permite que o servidor produza mais, apesar não estar em seu ambiente de trabalho. Com o avanço das tecnologias da informação e comunicação (TIC), é perfeitamente possível acessarmos todos os sistemas do TRT através da rede mundial de computadores, sem perdermos tempo com o deslocamento casa/trabalho/casa. Ademais, acho que em nossa casa conseguimos focar mais nas tarefas e resultados. O primordial do teletrabalho é que o servidor tenha disciplina para desempenhar suas tarefas mesmo estando fora do ambiente do trabalho à distância”, disse o servidor Sílvio Lucas, lotado na Escola Judicial (EJud) do Tribunal e que aderiu ao teletrabalho desde novembro de 2015.

“Estou no Teletrabalho desde sua implantação no TRT. Lotado na Vara do Trabalho de Sousa, resido na cidade de Pombal, distante 55 km da Unidade. Dentre as mais importantes mudanças que o Teletrabalho proporcionou na minha vida estão a economia de tempo, diminuição significativa dos riscos das viagens (acidente, assalto etc.), pois eu viajava 110 km todos os dias úteis para trabalhar, e diminuição do cansaço. Além da economia do tempo com a diminuição das viagens, há também a otimização do tempo durante o trabalho, pois não há atendimento ao público. Outra grande vantagem é a administração mais otimizada e flexível dos horários de trabalho, possibilitando uma conciliação das agendas profissionais e pessoais, com melhor aproveitamento das duas. O relacionamento com o TRT e com o chefe imediato é muito bom. Sempre mantemos contato telefônico e por e-mail, além do uso bastante proveitoso e prático do whatSapp. Avalio que a minha produção melhorou em pelo menos 20%, pois além de efetuar liquidações de sentenças e atualizações de cálculos, sou responsável por uma faixa significativa de processos no SUAP e no PJE. Um fator preocupante é que quando a demanda aumenta, acabo comprometendo períodos que seriam para descanso e repouso, como finais de semana. Isso é um fator negativo que preciso equacionar melhor.”, disse o servidor Erli Bandeira de Sousa.

Sistema

O sistema de teletrabalho foi aprovado por unanimidade pelo Pleno do Regional em abril de 2013. Já tinha sido implementado, a título experimental, desde o final de 2012, mas já vinha sendo utilizado por diversos órgãos em todo o País. O teletrabalho obedece a Resolução nº 109 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT).

O processo judicial eletrônico (PJe-JT) permite o acesso, a qualquer tempo, de qualquer lugar, a todos os sistemas necessários ao trabalho com procedimentos judiciários, sem a necessidade da presença física do servidor na unidade, o que contribui para a melhoria do programa socioambiental do Tribunal, com redução no consumo de água, esgoto, energia elétrica, papel e outros bens e serviços disponibilizados. Uma das exigências é que os servidores envolvidos aumentem a produtividade em no mínimo 15% em relação aos demais.

Não podem fazer parte do teletrabalho, por exemplo, servidores que estejam em estágio probatório; que tenham subordinados; que tenham sofrido penalidade disciplinar; que trabalhem diretamente com atendimento ao público (interno ou externo); ou que exerçam cargos de chefia.