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‘Outubro Rosa’ tem relatos emocionantes no auditório do Pleno do TRT

Equipe da ONG Mãos que Acolhem participou da programação do projeto no Regional
publicado: 10/10/2016 14h56 última modificação: 11/10/2016 08h32

Mais do que uma palestra com conteúdos científicos e estatísticos relacionados à prevenção do câncer de mama, as servidoras do Tribunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região) tiveram a oportunidade de conhecer histórias de mulheres diagnosticadas precocemente, mas que venceram a batalha contra a doença. Elas formam o Grupo Mãos que Acolhem, uma Organização não Governamental, cujo propósito social é apoiar pacientes acometidos com a doença e seus familiares durante o tratamento.

A presidente e fundadora do grupo, Jeane Santos Silva, após descobrir um tumor maligno através do autoexame justamente no período em que amamentava sua filha recém-nascida, contou que enquanto passava pelo difícil processo de recuperação depois da retirada do seio, percebeu o quanto foi importante o papel de pessoas voluntárias nas suas horas de grandes dificuldades. A ONG já existe há quatro anos e acolhe mais de 40 mulheres diagnosticadas com câncer de mama. As atividades são desde uma simples visita, ajuda com mantimentos, suplementes e apoio psicológico, tanto para o doente, quanto para a família.

A sede fica no centro de João Pessoa, mas os trabalhos voluntários não. O atendimento psicológico é feito tanto no consultório da psicóloga e vice-presidente, Leonice de Farias Mindêlo, onde também funciona a ONG, como também em domicílio. Além de todo apoio material e profissional, a fé em Deus é uma ferramenta fundamental de encorajamento e de esperança oferecido pelas mulheres do Mãos que Acolhem.

Jeane Santos Silva, que também é enfermeira, observou que todas essas necessidades foram notadas no meio e no dia a dia das famílias que tem um doente. “Por isso, resolvemos ir até elas porque é nessas horas que percebemos que todo mundo fica desorientado, sem saber como se comportar, como agir. E a tarefa de querer aliviar a dor de um ser humano é muito difícil e fica mais difícil ainda quando essa pessoa é um ente querido”, disse.

Outro momento de grande emoção e não menos impressionante foi o da professora e palestrante em superação, Mauricélia Moisés da Silva. Diagnóstica em 2010 com câncer, foi submetida a uma cirurgia para a retirada completa de uma das mamas, mas não se abateu. Passou por todo o processo e venceu a doença. Hoje é voluntária, sempre em companhia de uma zabumba enfeitada e sua alegria contagiante, leva uma mensagem de fé e esperança para pacientes acolhidas pelo grupo.

Câncer tem cura

A cura do câncer se sustenta em três pilares: prevenção informação e tratamento precoce. O câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo e mais comum entre as mulheres, respondendo por 20,8% de casos novos a cada ano. No Brasil, as taxas de mortalidade continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença só é diagnosticada em situações avançadas.

Para enfatizar ainda mais a prevenção do câncer de mama, o grupo de teatro do Tribunal, Justiça em Pauta fez uma apresentação especial com a esquete “Quem se cuida vai além. Cuida da mama a e do períneo também”

O autoexame das mamas, com apalpação do peito para verificar a presença de nódulos não pode ser o único método de prevenção, pois não é eficiente para a detecção precoce do câncer. Se o nódulo já atingiu tamanho palpável, significa que a doença não está mais no estágio inicial.

Mamografia

Só a mamografia permite a detecção precoce do câncer, ao mostrar lesões em fase inicial muito pequenas. O exame deve ser feito a cada dois anos por mulheres entre 50 e 69 anos, ou segundo recomendações médicas. A lei 11.664/2008 está em vigor desde abril de 2009 e estabelece que todas as mulheres têm direito à mamografia a partir do 40 anos de idade.

Engajamento

Desde o dia primeiro deste mês, o Tribunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região) está engajado na campanha Outubro Rosa, que este ano tem como tema: “Câncer de mama: vamos falar sobre isso?”. Todas as noites deste mês, sua fachada é iluminada na cor rosa com o objetivo de fortalecer as recomendações para o diagnóstico precoce e rastreamento do câncer de mama. E no hall de entrada, um banner chama a atenção dos magistrados e servidores. Em função da economia de energia, a luz ficará acesa até as 21h.

Dando continuidade à programação do Outubro Rosa do Regional, na próxima sexta-feira, 14, será realizada uma rodada de conversa com a mastologista Eulina Helena Ramalho de Souza, às 9h, no auditório do Pleno. Não será uma palestra. Por isso a diretora da Secretaria de Gestão de Pessoa (Segepe), Suy-May Carvalho de Mendonça orienta a quem tiver dúvidas relacionadas ao câncer de mama e sua prevenção, que envie perguntas para o e-mail segepe@trt13.jus.br .