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Tribunal promoveu roda de conversa sobre o câncer de mama

Evento aconteceu dentro da programação do Outubro Rosa e foi coordenado pela mastologista Eulina Ramalho de Sousa
publicado: 17/10/2016 13h19 última modificação: 17/10/2016 13h28

O Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, há cinco anos, vem desaconselhando o autoexame como uma prática para a detecção do câncer de mama. O motivo é que, além de criar uma certa ansiedade nas mulheres, encontrar um nódulo não é uma coisa fácil nem para quem que é hábil nem para quem é especialista porque depende do volume do nódulo em relação ao volume da mama, depende também da densidade da mama, o que varia de acordo com da idade da mulher, o número de filhos que ela teve, o uso ou não de determinadas substâncias como pílulas contraceptivas ou reposição hormonal pra quem estar na menor pausa.

A informação é da médica mastologista e mestre em saúde pública, Eulina Ramalho de Sousa, que participou de uma roda de conversa, na última sexta-feira, no auditório do Pleno do Tribunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região), esclarecendo as dúvidas das servidoras com relação ao câncer de mama e sua prevenção. O evento fez parte da programação do Outubro Rosa no TRT, promovido pela Secretaria de Gestão de Pessoas (Segepe).

O que é proposto pelas sociedades científicas atualmente, segundo a doutora Eulina Ramalho, é a mulher estar consciente de que tem alguma coisa diferente na sua mama e procurar um especialista. “Não precisa ser essa busca rotineira que é o que causa o estresse, mas ter consciência de conhecer o seu corpo. Não é o ideal se encontrar câncer só sinalizado clinicamente. Quando isto acontece, normalmente, a lesão já está relativamente grande” esclareceu.

De acordo com a mastologista, estudos de divisão celular mostram que quando o nódulo atinge o tamanho de um centímetro, teoricamente, já se consegue apalpar, embora seja ainda muito pequeno. E para chegar a esse tamanho tem que ter evoluído em um período de cinco a seis anos, o que poderia ser descoberto com a mamografia e tratado precocemente. Ela disse que não é fácil encontrar lesão palpável com um centímetro. As lesões, quando palpáveis, são detectadas com aproximadamente 2 a 2,5 cm quando os cuidados com o tratamento devem ser mais rigorosos.

Outros sinais

Engrossamento da pele é quando o tecido fica espesso e poroso como uma casca de laranja, vermelhidão (às vezes, confundida com a mastite – que é o processo inflamatório da mama tratado apenas com antibiótico). A inversão do mamilo é outro sinal que aponta para a possibilidade de um câncer. O que também pode estar relacionado à doença é a saída de um fluxo papilar (líquido que sai pelo bico do peito espontaneamente) bem como o repuxamento ou retração da pele quando a mulher estica os braços. Estes sinais só aparecem em lesões consideradas grandes. O fluxo que aparece quando se aperta não é tão suspeito.

A mamografia é indicada para mulheres que não têm histórico na família, a partir dos 40 anos a cada 12 meses até que ela tenha saúde para se submeter aos exames regulares. No entanto, é aconselhável para mulheres cujo parente em primeiro grau (mãe, irmã ou filha) foi detectado com a doença, realizar sua primeira mamografia o quanto antes.

Nos homens

Câncer de mama nos homens é caso raríssimo. Mas a doutora Eulina Ramalho alertou que uma doença extremamente comum no sexo masculino é a ginecomastia que pode parecer pelo uso de drogas como o álcool, maconha, crack; substâncias que tratam da hipertensão, tuberculose, remédios para queda de cabelo e substâncias que eles usam para adquirir musculatura. “Tudo isso pode fazer a mama masculina crescer. No entanto, não quer dizer que seja câncer como também não quer dizer que qualquer um nódulo aparece na mama feminina seja câncer. Existem inúmeras lesões benignas que se expressam como nódulo na mama feminina e não vai ser e não tem associação com o câncer”, concluiu.