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“Acredito que podemos criar um país mais igualitário e que respeite a diversidade”, afirma consultora Benilda Brito durante Letramento Étnico-Racial no TRT-13
Discutir e refletir práticas, conceitos e atitudes sobre a questão racial no Brasil. Este é o objetivo do Letramento Étnico-Racial promovido pelo Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba (13ª Região) para seus servidores e servidoras, magistrados e magistradas, estagiários e estagiárias, terceirizados e terceirizadas e aprendizes. Ministrado pela consultora do Pacto Global da ONU - Rede Brasil e da ONU Mulheres, Benilda Brito, o primeiro módulo do curso será aplicado nestas terça (30) e quarta-feira (31). O letramento é mais uma das iniciativas do Programa "Aquilombar é Preciso", do TRT-13.
Para além de refletir sobre o que leva a ações racistas, Benilda Brito, que também é consultora de diversidade e inclusão para empresas e organizações sociais, pedagoga, GRIOT da Múcua Consultoria e Assessoria Interdisciplinar e conselheira do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), quer ajudar a desnaturalizar o que foi naturalizado.
“A ideia é entender que, por mais que às vezes não se tenha a intenção, existem atitudes que fortalecem o racismo. Entender que o TRT é um lugar que tem que ser um parceiro muito grande na luta de enfrentamento aos racismos, seja o racismo de algoritmo, institucional, religioso ou climático”, destacou. Neste primeiro momento, os temas da ancestralidade e identidade serão discutidos entre os participantes. Os próximos módulos terão discussões como os conceitos de branquitude e necropolítica, atitudes anti-racistas e práticas afrocentradas.
“O principal é parar e olhar para nós mesmos. O que nos formou até agora? Votamos em pessoas negras? Temos amigos negros? Lemos literatura negra? Como nos posicionamos diante de situações de racismo? Acredito que atitudes individuais vão acabar com o racismo institucional. O racismo é uma planta que tem que ser alimentada. Se pararmos com isso, mudamos a realidade. Acredito que podemos criar um país mais igualitário e que respeite a diversidade. Meu esforço é para isso”, enfatizou Benilda Brito.
Os próximos módulos acontecerão nos dias 2 de setembro (virtual), 17 e 18 de outubro (presencial) e 4 de novembro (virtual). Os encontros presenciais estão sendo transmitidos para os que atuam nas unidades administrativas e judiciárias do interior do estado ou os que, por algum motivo, não podem participar do letramento presencialmente.
#PraTodosVerem: A matéria possui quatro fotos no auditório do Tribunal Pleno. A primeira foto mostra Benilda Brito, uma mulher negra, falando para o público presente; é possível ver ao fundo uma projeção que diz: “Trilha de formação antirracista, Benilda Brito. A segunda foto mostra um aprendiz do TRT-13 com um microfone, um jovem negro, em pé, falando no meio da plateia, e sendo observado pela palestrante e pelo público. A terceira foto mostra uma mulher parda com um microfone, sentada na plateia e segurando uma foto que mostra um jovem negro e sorridente com a hashtag “cotassim”. A quarta foto mostra Benilda Brito falando para a plateia e sendo observada pelo presidente do TRT-13 e outras pessoas da plateia.
Celina Modesto
Assessoria de Comunicação Social do TRT-13