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'Eles Jogam Por Elas' busca conscientizar homens do futebol sobre combate à violência contra a mulher

Ações promovidas pelo TRT-13 em estádios e centros de treinamento com jovens jogadores informa sobre direitos das mulheres
publicado: 10/03/2023 13h40 última modificação: 21/07/2023 09h54

Na busca de colocar em prática o lema do “Tribunal da Justiça Social”, o Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba (13ª Região) vai literalmente a campo agir ativamente na promoção de pautas sociais e de direitos humanos. Exemplo disso é a ação realizada em estádios de futebol neste domingo (12), tanto em Campina Grande quanto em João Pessoa, parte do projeto Eles Jogam Por Elas.

A equipe da Assessoria de Projetos Sociais e Promoção dos Direitos Humanos (Aspros) fará uma intervenção antes dos jogos do Campeonato Paraibano, apresentando uma faixa que promove a conscientização de violências praticadas contra mulheres, tanto dentro quanto fora do meio do futebol. “O Eles Jogam Por Elas consiste em uma série de atividades e ações que serão desenvolvidas em parceria com equipes de futebol locais, com o objetivo de utilizar o esporte como uma ferramenta de conscientização e de sensibilização para o tema do respeito às mulheres”, salientou a coordenadora da Aspros, Jamilly Cunha.

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A faixa com a mensagem de combate à violência contra as mulheres será levada aos estádio pela equipe da Aspros do TRT-13

A antropóloga e pesquisadora pontua que o respeito e a igualdade de gênero e o estímulo à criação de redes de apoio às mulheres vítimas de violência são alguns dos principais objetivos do projeto, que inclui diálogos com times de futebol, que estão abrindo suas sedes para que seja aplicada uma oficina com grupos masculinos, especialmente os times Sub-17, para discutir sobre machismo e modelos de masculinidade que acabam desembocando em violências dirigidas às mulheres.

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Uma dessas oficinas aconteceu na última quarta-feira (8) no centro de treinamento do Treze Futebol Clube, em Campina Grande

Uma dessas oficinas aconteceu na última quarta-feira (8) no centro de treinamento do Treze Futebol Clube, em Campina Grande. “É de fundamental importância alertar a população masculina da necessidade de uma postura ativa frente ao cenário de violência contra a mulher. Parafraseando a filósofa Djamila Ribeiro quando ela trata do racismo, eu diria que ‘numa sociedade machista, não basta não ser machista, é preciso ser anti machista', logo, essa pauta ela é também dos homens”, enfatizou Jamilly. 

O projeto conta com o apoio da Federação Paraibana de Futebol (FPF), cuja presidenta é uma mulher, Michelle Ramalho, que esteve presente no edifício-sede no último dia 6 de março para conhecer mais a fundo o Eles Jogam Por Elas. “Trata-se de uma mulher que acredita que futebol não tem gênero e que entende a função social do esporte”, analisou a coordenadora da Aspros.

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A presidenta da Federação Paraibana de Futebol, Michelle Ramalho, participou de uma reunião com representantes do TRT para conhecer um pouco mais o projeto 'Eles jogam por elas'

Estas são apenas algumas das ações iniciais que o projeto Eles Jogam Por Elas pretende fazer. Os torcedores também serão atingidos pela iniciativa do TRT-13, com a entrega de material informativo e educativo nos estádios e outros locais relacionados ao futebol. O objetivo é contribuir com o combate à violência contra as mulheres, buscando reduzir significativamente o número de casos de assédio moral e sexual que elas enfrentam em seu cotidiano, inclusive no meio do futebol, a exemplo de juízas e árbitras das partidas.

André Luiz Maia
Assessoria de Comunicação Social TRT-13

 

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