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Hack@ Power encerra atividades com divulgação das equipes vencedoras

Além de prêmios em dinheiro, estudantes ganharam cursos e participação em eventos da área
publicado: 18/04/2023 20h53 última modificação: 21/07/2023 14h42

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O desembargador presidente Thiago Andrade falou para as participantes sobre as oportunidades que se abrem com experiências como essas do evento

Apresentação de pitches, palestras e mesas redondas marcaram o terceiro e último dia do Hack@ Power, uma maratona de desenvolvimento realizada no formato hackathon exclusivamente para mulheres. Pelo menos 100 jovens estudantes dos ensinos médio, técnico e superior, divididas em 18 equipes, participaram do evento, que teve duração de três dias. 

As equipes vencedoras desta primeira edição foram: Electrics (1º lugar), do IFPB, que criou o aplicativo “Job Her” com o objetivo de conectar mulheres ao emprego ideal; Lovelaces (2º lugar), da UFPB, que desenvolveu a aplicação “i-eco” para levar soluções para a correta destinação de lixo eletrônico; e Byte Babes (3º lugar), também da UFPB, que criou a solução “Oportuna” para ajudar mulheres a treinarem habilidades para entrevista de emprego, com foco na área de tecnologia. Os pitches de todas as equipes estão disponíveis na página do Hack@ Power, bem como as mesas redondas e palestras do último dia de evento.

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Comissão julgadora foi formada por mulheres ligadas às áreas de inovação e tecnologia

As melhores soluções apresentadas foram premiadas com valores em dinheiro, sendo R$ 3 mil para a primeira colocada, R$ 2 mil para a segunda e R$ 1 mil para a terceira. Além disso, as participantes receberão bolsas para participar do Space Apps Challenge, um hackathon internacional de 48 horas de duração promovido pela Nasa para a construção de soluções para problemas reais, usando dados abertos da instituição. Entre os critérios usados para avaliar os trabalhos, estão aplicabilidade temática, impacto social, originalidade e viabilidade da solução, entre outros.

De acordo com a servidora do TRT-13, Fernanda Lima, que integrou a banca examinadora do evento, participar do evento como avaliadora foi uma experiência engrandecedora, gratificante e desafiadora. “Ter a oportunidade de apreciar o   desenvolvimento de protótipos digitais que contribuem para aumentar a escala, o impacto e a eficiência da cidade de João Pessoa com soluções nos eixos de inclusão, sustentabilidade e empregabilidade nos encoraja a acreditar que essas jovens mulheres estudantes podem chegar onde quiserem. Não tem limite para alcançar os seus objetivos pessoais e profissionais”, enfatizou.

A programação do primeiro dia, que ocorreu presencialmente no sábado (15), contou com orientações, mentorias e a prototipação das soluções para resolver os desafios selecionados. O domingo foi reservado para a conclusão das soluções e a submissão dos trabalhos, bem como a avaliação feita pela banca examinadora. 

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Desafios na área reduzem quantitativos de mulheres 

Ao abrir oficialmente as atividades do hackathon na segunda-feira (17), o presidente do Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba (13ª Região), desembargador Thiago Andrade, trouxe números da Organização das Nações Unidas (ONU) que demonstram a desigualdade de gênero ainda bastante presente no mercado de trabalho, especialmente na área de tecnologia da informação e engenharias. De acordo com as estatísticas apresentadas, as mulheres ocupam apenas dois em cada dez empregos nestas áreas. Além disso, as mulheres representam apenas 33% da força de trabalho de empresas globais de tecnologia.

Por outro lado, de acordo com o magistrado, estudos apontam que mulheres são melhores líderes em situação de crise e que as companhias que possuem diversidade de gênero são 25% mais propensas a obterem lucro acima da média geral. “A desigualdade de gênero não se justifica do ponto de vista econômico. Logo, vemos que se trata de um problema muito maior e que só poderá ser solucionado diante de esforços reais e de parcerias público-privada. Por isso, fico feliz com iniciativas como esta”, frisou.

Na sequência, a pesquisadora Maria Lúcia de Santana Braga, abordou o Programa Mulher e Ciência, que existe no âmbito do governo federal, por meio do CNPq, há 18 anos. “Eventos como este são fundamentais para incentivar a presença das mulheres nas áreas de inovação e tecnologia. Um dos desafios para vencer esse problema é a escala. O país é enorme e cheio de diferenças, então precisamos trabalhar a inserção de mulheres relacionando com a diversidade. Mas só isso não basta. É necessário, também, criar condições para que as mulheres acessem a educação formal e permaneçam nesses cursos, de modo a poderem seguir para uma pós-graduação ou se inserir no mercado de trabalho”, explicou.

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Palestras incentivam busca por conhecimento

Uma das mesas redondas realizadas no último dia de evento foi a com o tema “O poder da Mulher na iniciativa pública e privada”, que teve a participação das gestoras dos programas Empodera TRT-13 e Emprega Margaridas, Brenna Suany e Jamilly Cunha; a gerente interina da Unidade de Educação Empreendedora do Sebrae/PB, Renata Câmara; e a CEO da Be.Labs, Marcela Fujiy. 

Ainda na parte da manhã, as participantes assistiram à mesa que abordou a temática “Como redes de apoio podem alavancar o desenvolvimento de talentos em tecnologia”, discutida pela professora e coordenadora do Programa Meninas na Ciência da Computação (MCC), Josilene Aires; pela embaixadora do Programa Women Techmakers (WTM) em João Pessoa, Vanessa Dantas; e pela embaixadora da Rede Mulher Empreendedora na Paraíba, Mila Godoy.

No período da tarde, foram ministradas as palestras “Atuação das mulheres no mundo da tecnologia”, pela gerente de engenharia de aplicação da OPENCADD, Erika Libanio; “Mercado de trabalho para mulheres na tecnologia”, pela engenheira de Software Sênior na Dock Tech, Larissa Alencar; “Aprendizagem 4.5: o motor do empoderamento feminino na tecnologia”, pelo Ceo da Raleduc e Udemy Official Partner, Rafael Lacerda; e “A cultura startup e empreendedorismo feminino”, pelo mentor do Ano pela Abstartups, Fabiano Nagamatsu.

De acordo com Marcelo Moura, responsável pela Divisão de Inovação do TRT-13, a ideia era oferecer um conteúdo que fosse útil na evolução profissional das 100 jovens. “Montamos mesas onde falamos sobre empreendedorismo público e privado, redes de apoio de mulheres dentro e fora da área de tecnologia e, por fim, palestras que abordassem o mercado de trabalho e as competências que elas devem buscar para se posicionarem nele e conseguirem atingir os objetivos de cada uma”, resumiu.

“A realização do evento em si foi um sonho. Ver meninas de ensino médio de todo estado se juntarem às alunas de graduação nessa competição foi indescritível. Tivemos ideias excelentes que chamaram a atenção de toda a comunidade e de especialistas em startups do Hub de inovação. As equipes ganhadoras terão direito a participação em programas de mentoria e aceleração, mas também estamos estudando como apoiar as equipes que tiverem interesse na evolução das suas ideias”, pontuou, acrescentando que “o hub tem total interesse em estimular que todas as equipes consigam concretizar os projetos apresentados. Vamos trabalhar para que isso se torne realidade e contribua para o nosso ecossistema local”.

Participantes aprovam hackathon

A estudante do 2º período do curso de Ciências da Computação da UFPB, Bárbara Cavalcante, afirmou que esta foi a primeira vez que participou de um hackathon. “Gostei porque já comecei participando de um voltado para a inclusão feminina. Foi muito bacana porque pudemos ver o exemplo de outras meninas que também sentem a necessidade de ter mais representatividade nesses espaços e o evento mostrou que isso é possível. Reunir meninas em um só espaço e dizer que é possível e podemos sim inovar foi fantástico”, salientou.

Por sua vez, a estudante Eduarda Vital Lima, da Escola Cidadã Integral Técnica (Ecit) Francisco Martiniano da Rocha, de Lagoa Seca, integra a equipe Sapiens e disse ter gostado muito do hackathon. “Nunca fui em um onde me senti realmente incluída como mulher, produzindo como mulher e para mulheres. Gostei muito da qualidade do evento e, com certeza, nos ajudou a pensar sobre o que queremos para o nosso futuro”, comentou.

O evento foi promovido pelo Hub de Inovação Farol Digital de João Pessoa, com organização do Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba (13ª Região), Sebrae/PB e projeto Meninas na Ciência da Computação (MCC) da UFPB. O Hack@ Power ocorreu tanto presencial quanto remotamente e promoveu o desenvolvimento de soluções para os desafios que integram os eixos de inclusão, sustentabilidade e empregabilidade.

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As equipes campeãs foram anunciadas e receberam as premiações ao fim do evento

#PraTodosVerem: A matéria possui sete fotografias. A primeira é a do presidente do TRT-13, desembargador Thiago Andrade, que veste um terno cinza com gravata bordô e está em pé, olhando para público e falando ao microfone. A segunda imagem mostra parte da banca examinadora do hackathon e parte das palestrantes do evento, que estão sentadas no auditório. A terceira e a quarta fotos são das duas estudantes ouvidas pela reportagem, que aparecem em destaque e estão vestindo camisa branca. A quinta foto mostra o público presente assistindo à abertura feita pelo presidente do Regional. A sexta foto é das integrantes de uma mesa redonda, que estão sentadas e em conversa com o público. E a última foto mostra as equipes campeãs recebendo a premiação. 

Celina Modesto
Assessoria de Comunicação Social do TRT-13

 

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