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Respeito e resistência: TRT-13 promove roda de conversa de mulheres em CG

Evento, que contou com estudantes da rede estadual, teve apresentação do Programa Empodera TRT-13
publicado: 08/03/2023 17h17 última modificação: 13/03/2023 16h36

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A necessidade do respeito à vida e trajetória das mulheres foi a lição aprendida por cerca de 70 estudantes do ensino médio da Escola Cidadã Integral Félix Araújo, de Campina Grande, na manhã desta quarta-feira (8). Data instituída como o Dia Internacional da Mulher, o 8 de março foi lembrado pelo Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba (13ª Região) com uma roda de conversa no Fórum Irineu Joffily, além de apresentações culturais da cantora Gitana Pimentel e do grupo Batuque Mulher de Campina Grande. 

O momento contou, também, com a apresentação ao público campinense do Programa de Formação de Lideranças Femininas - Empodera TRT-13. Após a veiculação de um vídeo institucional que explica a iniciativa, o presidente do Tribunal, desembargador Thiago Andrade, afirmou que o objetivo é pôr em prática ações voltadas à igualdade de gênero, bem como fomentar iniciativas em prol das pessoas em situação de rua. 

“O meu foco na atual gestão é esse: inclusão feminina e da diversidade dentro do Tribunal”, enfatizou, acrescentando um trecho da música “Maria, Maria”, de Milton Nascimento, em homenagem às mulheres presentes. “Mas é preciso ter força, é preciso ter raça, é preciso ter gana sempre”. O momento contou, também, com a posse da servidora Ângela Melo como diretora do Fórum de Campina Grande. 

Na sequência, a cantora campinense Gitana Pimentel fez uma bela apresentação, com músicas que reforçam a luta das mulheres, como “Maria, Maria” e “Triste, louca ou má”. O estudante Clodeildo Luan Pereira, do 3º ano do ensino médio, disse ter gostado bastante do evento. “Aprendi muitas coisas que não sabia e gostei, principalmente, de conhecer a história das primeiras mulheres que enfrentaram o machismo”, contou. Por sua vez, o estudante Kaíque Gabriel de Oliveira, que também cursa o 3º ano, destacou que foi uma manhã de muito aprendizado. “Realmente aprendi muitas coisas e espero levar para a vida”, comentou.  

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Mudança climática e invisibilidade feminina 

O evento contou com uma roda de conversa de mulheres que abordou temas relacionados à mulher e a contemporaneidade, como acesso à educação, mudança climática e invisibilidade feminina. Confira os destaques de cada participante:

Mayara Gomes da Silva, doutoranda em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da UFPB: “Os problemas climáticos sempre existiram, mas vêm se tornando cada vez mais intensos, frequentes e duradouros. Os impactos são profundamente desiguais. Os segmentos sociais de maior risco e vulnerabilidade climática são mulheres, crianças, pessoas idosas e grupos étnicos raciais e minoritários, como os povos originários. As mulheres foram historicamente excluídas e invisibilizadas do debate climático, tanto da ciência do clima quanto dos eventos que discutem as mudanças climáticas”

Chirlene dos Santos Brito, presidenta da Associação das Trabalhadoras Domésticas de Campina Grande: “Hoje, tenho histórias para contar e posso fazer o trabalho de conscientização de companheiras que passam pela associação. Mostro o quanto o trabalho doméstico é importante, mas só através das formações e oportunidades pude ver o quanto fui ‘escravizada’ e o quanto minhas companheiras ainda estão em estado de ‘escravidão’. Muito se fala em economia do cuidado. Precisamos cuidar da alimentação, do corpo, do cabelo. Cuidamos do filho, da casa, da família, do trabalho, da sociedade. A gente cuida, cuida, cuida, mas quem cuida da gente?”

 Jô Oliveira, primeira negra a se eleger como vereadora em Campina Grande: “Represento a diversidade da sociedade que nem sempre pode ocupar um lugar como esse. Sabemos como a política é vista, muitas vezes de forma pejorativa pela população, que acredita que o político está lá para a corrupção e interesses individuais. Mas, estou feliz de estar aqui hoje e falar que precisamos de mais perfis como o meu na política. Sou filha de uma mulher negra, trabalhadora doméstica e mãe solo, que nunca teve espaço para dizer o que lhe afligia. Mas, hoje, tenho”

Pollyana Xavier França, pró-reitora de Planejamento e Orçamento da UEPB: “É preciso respeito às escolhas. Há mulheres que querem ser mães e viver para a família. Outras querem apenas trabalhar. Outras não querem ter filhos. A sociedade questiona nossas escolhas e nos julga, mas é preciso respeitar a vontade das mulheres”

 O final do evento foi marcado pela apresentação do grupo Baque Mulher de Campina Grande, um movimento de empoderamento feminino que performou o maracatu. 

 Veja algumas fotos do evento Empodera TRT-13, em Campina Grande: 

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Celina Modesto
Assessoria de Comunicação Social do TRT-13

 

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