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Trabalho escravo contemporâneo: TRT-13 leva arte, educação e informação para conscientizar estudantes do Ensino Médio

Projeto teve início neste mês de outubro e já passou por duas escolas da Paraíba
publicado: 31/10/2024 17h15 última modificação: 24/02/2025 13h40

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Com o objetivo de levar informações e alertar jovens estudantes sobre o que é trabalho análogo à escravidão e como combatê-lo, o Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba (13ª Região), por meio do Programa de Enfrentamento ao Trabalho Escravo, ao Tráfico de Pessoas e Proteção ao Trabalho do Migrante, iniciou um projeto junto a escolas da rede estadual de ensino.  

Voltado aos estudantes do Ensino Médio, o projeto “Arte, educação e informação como estratégias de enfrentamento ao trabalho escravo contemporâneo” começou na última sexta-feira (25) e, por meio de peça de teatro e palestra, pretende promover a conscientização do público sobre como acontece o trabalho escravo nos dias atuais. A primeira unidade escolar a receber o projeto foi a Escola Estadual de Ensino Médio John Kennedy, que fica em Guarabira. Estudantes dos 1º, 2º e 3º anos do Ensino Médio puderam aprender mais sobre o tema.

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O juiz George Falcão, co-gestor do Programa e idealizador do projeto, explicou que a ideia é provocar a reflexão e convidar os estudantes a engajarem no enfrentamento ao trabalho escravo contemporâneo. “Como futuros profissionais, eles estarão na linha de frente deste combate e é importante que aprendam, desde já, sobre seus direitos”, destacou o magistrado. 

Ele proferiu palestra sobre o tema, com dados mundiais, nacionais, regionais e estaduais sobre o trabalho análogo à escravidão, noções básicas dos direitos sociais que estão na Constituição Federal e a ressignificação do conceito de trabalho escravo. “Temos, hoje, uma noção mais ampla do que é trabalho escravo e, portanto, é mais fácil identificar se uma pessoa está sendo explorada”, afirmou o juiz George Falcão. 

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Evento em Guarabira

A juíza titular da Vara de Guarabira, Ana Cláudia Jacob, fez a abertura do evento, chamando a atenção para a importância de levar a discussão sobre trabalho escravo contemporâneo aos jovens. “Muitas vezes, eles iniciam a vida no mercado de trabalho sem ter a consciência dos direitos que têm. O trabalho escravo é realidade, embora pensemos que já acabou ou que é algo da época colonial. Portanto, é essencial que esses jovens não só tenham ciência de que isso ainda acontece, mas que saibam como combater e denunciar”, avaliou.

O grupo de teatro do TRT-13, Justiça em Palco, fez uma apresentação na qual mostra como as pessoas são aliciadas para uma situação de exploração e que, se a sociedade e o poder público não agirem, as vítimas tendem a ser revitimizadas. Além disso, os estudantes que escreveram a melhor redação sobre o tema foram premiados e os três primeiros lugares ganharam brindes do Programa de Enfrentamento ao Trabalho Escravo, ao Tráfico de Pessoas e Proteção ao Trabalho do Migrante.

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A diretora da Escola John Kennedy, Flaviana Santos, enfatizou a relevância de discutir sobre o trabalho com os estudantes. “É uma questão importante para nossos alunos, já que muitos estão saindo da vida escolar e ingressando no mundo do trabalho. Então, é de suma importância que eles tenham conhecimento dos seus direitos e que saibam distinguir quando não estão sendo respeitados”, comentou.

Os estudantes Luis Eduardo dos Santos, do 3º ano, e João Vitor Farias, do 2º ano, participaram do momento e disseram ter gostado de aprender mais sobre o que é trabalho escravo contemporâneo. “Achei interessante o evento para ter uma visão melhor quando começar a trabalhar”, contou Luis Eduardo. “Gostei bastante da experiência para poder conhecer sobre como combater o trabalho escravo”, disse João Vitor.

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Evento em João Pessoa

Estudantes da Escola Integral Técnica Alice Carneiro, de João Pessoa, tiveram a oportunidade de debater o trabalho escravo contemporâneo nesta terça-feira (29). Dessa vez, além da palestra do juiz George Falcão e da abertura feita pela juíza titular da Vara de Guarabira, Ana Cláudia Jacob, o evento contou, também, com a palestra do procurador do Ministério Público do Trabalho da Paraíba (MPT-PB), Raulino Maracajá Coutinho. 

O procurador dividiu com os presentes sua experiência no enfrentamento ao trabalho análogo ao escravo, alertando que casos como os apresentados podem estar muito mais próximos do que a gente imagina . “É preciso entender que esses casos não estão distantes da nossa realidade. Pessoas próximas, como vizinhos ou mesmo colegas de escola, podem estar passando por uma situação assim. Então, que nós possamos ser promotores dos direitos humanos para que a gente consiga denunciar, informar e trazer esse conhecimento maior para todos”, afirmou o procurador.

Assim como no evento em Guarabira, o grupo de teatro do TRT-13, Justiça em Palco, fez uma apresentação tratando da revitimização dos trabalhadores resgatados em situações de trabalho escravo contemporâneo. E, para encerrar o evento, os estudantes escreveram redações sobre a temática debatida e as três melhores foram premiadas com brindes do Programa de Enfrentamento ao Trabalho Escravo, ao Tráfico de Pessoas e Proteção ao Trabalho do Migrante. 

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#PraTodosVerem: A matéria tem seis fotos. A primeira foto mostra os co-gestores do Programa de Enfrentamento ao Trabalho Escravo, ao Tráfico de Pessoas e Proteção ao Trabalho do Migrante, juízes George Falcão e Ana Cláudia Jacob, ao lado do procurador do MPT-PB, Raulino Maracajá, e da assessora de comunicação do TRT-13, Débora Cristina, usando a camisa da campanha contra o trabalho escravo contemporâneo. A segunda e a terceira fotos mostram os juízes George Falcão e Ana Cláudia Jacob em suas falas com estudantes das duas escolas, que estão sentados. A quarta foto mostra o juiz George Falcão com as estudantes que venceram o concurso de redação recebendo as premiações. A quinta foto mostra o grupo de teatro Justiça em Palco após a apresentação na Escola Estadual de Ensino Médio John Kennedy, que fica em Guarabira. A sexta foto mostra os juízes do TRT-13 com o procurador do MPT-PB e todos os estudantes e professores que participaram da atividade na Escola Integral Técnica Alice Carneiro, de João Pessoa. Todos estão sentados no auditório da unidade escolar e olham para a foto.

Celina Modesto
Renata Santos

Assessoria de Comunicação Social do TRT-13