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Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba desenvolve Observatório de Gênero

Equidade de gênero é um dos focos de atuação do Regional, com ênfase na ocupação de cargos de gestão por mulheres
publicado: 28/08/2023 16h50 última modificação: 03/10/2023 11h13

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O Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba (13ª Região), em sua busca pela promoção da equidade de gênero, especialmente em cargos de liderança, desenvolveu um Observatório de Gênero. O instrumento foi desenvolvido pela Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação (Setic) do TRT-13 e disponibilizado no primeiro semestre deste ano. Desde então, vem sendo continuamente aprimorado. 

Uma das informações extraídas pelo observatório diz respeito ao aumento do número de mulheres à frente de cargos comissionados. Atualmente, 20 gestoras ocupam cargos de indicação da Presidência do Regional. Percentualmente, os cargos ocupados por mulheres passaram de 22% (contra 78% de homens) em janeiro deste ano para 43% (enquanto os homens reduziram para 57%) em julho. São mulheres que estão participando ativamente de decisões administrativas do TRT-13. 

De acordo com a assessora técnica da Secretaria Geral da Presidência, Brenna Suany, a criação do painel está prevista no Ato TRT13 SGP nº 041/2023, que institui o Programa de Formação de Lideranças Femininas, o Empodera TRT-13. A iniciativa tem como foco a promoção da equidade de gênero no ambiente institucional, em consonância com a adesão do Tribunal ao Movimento Elas Lideram 2030, da ONU.

“Com a disponibilização do ‘Observatório de Gênero’, cujo objetivo é estimular a distribuição igualitária, sempre que possível, entre homens e mulheres, poderemos acompanhar os indicadores de gênero do nosso Regional nos cargos comissionados e nas funções de confiança. A plataforma permite a análise do histórico da distribuição da ocupação de cargos e funções entre homens e mulheres mês a mês e está disponível para o público interno e externo na página do Programa Empodera TRT-13”, explicou.

Este é só um indicativo das inúmeras ações que têm sido implementadas com foco na igualdade de gênero dentro da instituição. Desde a implantação do Empodera TRT-13, importantes iniciativas foram realizadas, a exemplo do curso de liderança feminina, com a consultora Cris Kerr, especialista na temática da diversidade e inclusão nas empresas, e a oferta de capacitações como o curso de pós-graduação em gestão pública.

Diretora-geral avalia desafios

Em 37 anos de existência, somente agora o Regional viu uma mulher alcançar o mais alto posto em termos de administração, com a nomeação da servidora Simone Perrusi como diretora-geral. Sobre isso, ela afirmou que recebeu o convite com muita honra e gratidão. “São muitas demandas e dos mais variados temas. Os desafios são grandes e exigem muito tempo, dedicação e serenidade, mas minha equipe é composta de colegas extremamente capacitados e responsáveis, que me auxiliam bastante, dando o suporte necessário”, enfatizou.

Para ela, ver nomeações de mulheres para cargos de liderança no âmbito do TRT-13 é muito satisfatório. “Isso permite demonstrar, na prática, que a capacidade para gerir unidades independe do gênero. Essas nomeações devem servir de exemplo e inspiração não apenas para nossas colegas, mas também para mulheres que não integram nosso Regional”, salientou, acrescentando que é extremamente importante essas designações.

“Deve ser ressaltada, também, a relevância da política de formação direcionada a mulheres, que precisam reconhecer sua capacidade e realizar os cursos necessários para ocupar o posto almejado. O que viabiliza nomeações futuras de um número ainda maior de mulheres, permitindo o equilíbrio entre os gêneros”, analisou.

Interseccionalidade

A Coordenadoria de Material e Patrimônio do TRT-13 está sob a gestão de uma mulher: Valéria Rocha. Ela explicou que a experiência tem sido instigante e de grande aprendizado, não só em relação ao trabalho em si, como também na forma de lidar com as pessoas. “É cheio de desafios também porque sou uma mulher negra e nunca vejo mulheres negras em cargos de gestão. Então, me sinto feliz em poder representar as pessoas pretas, principalmente as mulheres”, frisou.

Ela destacou, ainda, a oportunidade de aprender. “Sou mãe de uma criança de três anos, mas meu companheiro maravilhoso divide as tarefas comigo e consigo aproveitar as oportunidades. Além da liderança, tenho a chance de aprender e fazer cursos, o que sempre me incentiva”, pontuou.

Celina Modesto
Assessoria de Comunicação Social TRT-13 

 

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