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TRT-13 celebra Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha
Hoje é o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha. A data foi instituída em 1992, no 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, na República Dominicana. O evento surgiu para dar visibilidade à luta das mulheres negras contra a opressão de gênero, a exploração e o racismo. No Brasil, a data homenageia a líder quilombola Tereza de Benguela, símbolo da luta e resistência do povo negro.
Tereza de Benguela viveu no século XVIII e foi casada com José Piolho, que chefiava o Quilombo do Piolho, localizado na atual fronteira entre Mato Grosso e Bolívia. Com a morte de Piolho, Tereza se tornou a rainha do quilombo e liderou a comunidade negra e indígena por duas décadas, enfrentando as forças coloniais. Ela organizou um sistema de parlamento, de defesa e de produção agrícola no quilombo, demonstrando sua visão vanguardista e estratégica.
Tereza de Benguela é uma das muitas mulheres negras que fizeram parte da história do Brasil, mas que foram invisibilizadas pela historiografia oficial. Por isso, é importante resgatar e valorizar suas trajetórias, suas lutas e suas conquistas. As mulheres negras são protagonistas de suas próprias histórias e agentes de transformação social.
O Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba (13ª Região) reconhece a importância das mulheres negras para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Por isso, promove diversas ações voltadas para essa parcela da população, como o Emprega Margaridas, programa de encaminhamento à empregabilidade com mulheres negras quilombolas; programa de estágio no próprio TRT-13, com vagas 100% reservadas para mulheres e homens negros; o Jovens Desembargadoras, que estimulam mulheres negras a ingressarem na carreira do Direito; além de palestras, debates, formações, letramento e parcerias com instituições que defendem os direitos humanos e a equidade racial.
Esta semana, o TRT-13 iniciou mais um projeto voltado à população negra. Trata-se do “Quilombo vai à Nasa”, uma formação em inovação e tecnologia para futuros aprendizes e público externo. Metade das vagas foi destinada a mulheres quilombolas, além de contemplar mulheres negras migrantes oriundas da Venezuela e outros públicos em situação de vulnerabilidade social. O objetivo da turma majoritariamente feminina é fazer com que elas participem de uma hackathon, maratona de desenvolvimento de ideias inovadoras na área de tecnologia, promovida pela NASA, a agência espacial norte-americana, em diversos países no início de outubro.
André Luiz Maia
Assessoria de Comunicação Social TRT-13