Notícias
TRT-13 divulga relatório do “Emprega Margaridas”, projeto de formação e empregabilidade de mulheres
O Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba (13ª Região) divulgou relatório sobre o Projeto Emprega Margaridas. A ação, executada pela Assessoria de Projetos Sociais e Promoção dos Direitos Humanos (Aspros), tem como objetivo promover formação humanizadora e técnica, bem como o encaminhamento para as vagas de aprendizagem profissional digna e a empregabilidade. O relatório pode ser acessado na íntegra em nosso site.
O “Emprega Margaridas” tem como público prioritário meninas e mulheres negras, quilombolas, indígenas, imigrantes venezuelanas ou pertencentes às comunidades periféricas marcadas por altos índices de vulnerabilidade social, em João Pessoa e cidades do interior da Paraíba que sediam varas do TRT-13.
O pertencimento ao grupo identitário racial e de gênero, numa sociedade marcada pelas diferentes formas de desigualdades, torna-se relevante por gerar mobilizações (individuais e coletivas) em defesa da sobrevivência. Elas, as “margaridas”, muitas vezes são levadas a reproduzir o ciclo de precarização do mundo do trabalho vividas por suas mães e avós.
Desse modo, o Emprega Margaridas contribui para minimizar os problemas de acesso à aprendizagem profissional e a oportunidades dignas no mundo da empregabilidade, questões que se apresentam como um problema estrutural para meninas e mulheres quilombolas, migrantes, indígenas e moradoras de áreas periféricas, em situação de vulnerabilidade social.
O processo de aquilombamento é vivido a partir de estratégias de mobilização, quando a Assessoria de Projetos Sociais e Promoção dos Direitos Humanos (Aspros) articula ações em parcerias com órgãos governamentais, empresas e representantes da sociedade civil organizada.
Os territórios contemplados pelo projeto foram os quilombos de Paratibe, Ipiranga, Gurugi e Mituaçu, além dos territórios do Alto do Mateus e Muçumagro, comunidades indígenas Tabajara, em Conde, e Potiguara, na cidade de Rio Tinto, e migrantes venezuelanas que estão morando atualmente na cidade de João Pessoa. Registra-se que, até o início da implantação do Emprega Margaridas, essas comunidades não tinham recebido projetos sociais dirigidos para a promoção dos direitos humanos no âmbito da Justiça Social do Trabalho.
Além dos aspectos técnicos, como formação em informática, a matriz curricular do projeto abordou temas como racismo estrutural, empoderamento feminino, Direitos Humanos, democracia, empreendedorismo social, trabalho invisível, rotinas administrativas, entre outros.
Dentre os resultados apresentados pelo “Emprega Margaridas”, se destacam: 95,48%, das participantes concluíram o curso, sendo que 72,8%, foram encaminhadas a processos seletivos. Ao todo, 35% delas foram contratadas, tendo os vencimentos passando a totalizar um valor de R$ 26.160,00 mensais, destinados a pessoas negras e quilombolas.
Confira o relatório sobre o “Emprega Margaridas”.
#PraTodosVerem: Matéria possui duas imagens. A primeira possui fundo roxo e é composta por ilustração de seis meninas com margaridas presas no cabelo. Na imagem lê-se: Projeto Emprega Margaridas; A segunda imagem possui uma menina negra, com o cabelo crespo e preso. Ela é uma participante do projeto. A câmera capta o lado esquerdo do rosto dela, que está sorrindo.
Assessoria de Comunicação Social TRT-13